Coworkings e o conceito de inovação

Startups convergindo com grandes players de seus setores deatuação. O resultado é promissor: inovaçãopara todos nós, consumidores finais. É mais ou menos isso que podemosesperar de coworkings que atravessam para uma nova era.

Antes de mais nada, vale fazer um pequeno levantamento sobre os chamados espaços compartilhados. De acordo com o Censo Coworking Brasil, em 2017 o segmento praticamente dobrou de tamanho, enquanto que para 2018 a taxa diminuiu, mas continua em ritmo acelerado.  

O estudo apontou que Santa Catarina é o quarto estado em termos de números de coworkings (88), ficando atrás de São Paulo (465), Rio de Janeiro (123) e Minas Gerais (99). Em Joinville foram identificados 19 empresas de espaços compartilhados. Ainda segundo o censo, em 2018 os coworkings movimentaram R$ 127 milhões.

O que nos leva à nova era dos coworkings

Em sua origem, coworkings eram espaços onde trabalhadores autônomos ou pequenos empreendedores exerciam suas funções enquanto compartilhavam a estrutura de um escritório equipado e, com isso, reduziam os gastos para se manter. Depois, acrescentou-se a essa característica o networking, uma vez que por esses espaços circulam profissionais de diferentes áreas.

São em muitos dos coworkings que surgem grandes ideias e que startups começam a sair do papel. Assim, os espaços compartilhados viraram também sinônimo de inovação. Grandes empresas perceberam isso e, a fim de estarem mais perto das descobertas – e também visando incentivar a criação de produtos e serviços inovadores –  passaram também a integrar os coworkings.

Desse modo, o que surgiu como um espaço para profissionais autônomos e pequenos empreendedores, transformou-se em um ambiente também para corporações de destaque em seus setores. Empresas como Itaú, Visa, Porto Seguro, entre outras, são apenas alguns exemplos de organizações que viram o potencial dos espaços compartilhados e passaram a integrá-los.

O que levou a essa mudança? Acredito que em primeiro lugar tenha sido a questão da conectividade. Em uma mesma estrutura física é possível conectar-se mais facilmente com pessoas e empresas que, talvez, teria sido mais difícil por outros meios. É possível fechar um negócio na área de café, ou contratar um serviço após uma conversa de corredor.

Outro ponto é o que mencionei: a inovação. Com cada vez mais startups sendo criadas, ficar perto de empresas inovadoras é também inspirador. Justamente por isso é que o Brasil está vendo crescer uma tendência já vivenciada lá fora. Trata-se de corporações gigantes em seus setores financiarem espaços para empresas menores se desenvolverem.

Exemplos incluem o CUBO, espaço de coworking do Itaú e do fundo de venture capital Redpoint eventures, e o InovaBra Habitat, do Bradesco. Locais que já trazem no seu DNA o conceito de co-inovação.

O que vem por aí?

Acredito que essa “evolução dos coworkings” nos mostra que não apenas temos que ver como essenciais a troca de experiências entre mais novos e mais antigos em seus segmentos, como é igualmente importante termos em nós a necessidade de procurarmos sempre inovarmos para crescer.

Para encerrar, convido você a dar sua opinião sobre o tema. O quanto você acha que os coworkings contribuem para a inovação? Aproveite também e acompanhe os outros posts no blog da Scurra.

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